domingo, 21 de dezembro de 2008

Trilhos Descarrilhados

Vamos. Pare este trem. Quero descer. Não aguento mais.

Haja fome, desgosto, des-sonho e enjôo.

Pare.

Mente descarrilhada, neurônios destrilhados, pensamentos abortivos...

Pare.

Aponte-me a saída, por favor. Não a urgência, mas a emergência que clama no meu suor, nas minhas lágrimas.

Esqueça.

Cansando estou a cada dia, a cada minuto. E esta tecnologia que insiste em tocar?

Pare.

Já faz tempo que estamos em linhas opostas. Nosso horizonte não é o mesmo. Depois daquele monte, mais outro, e mais outro, e mais outro...

Não dá mais pra esperar nem a próxima estação.

Pare, que eu vou descer. Vou andando.

Aguardar o próximo trem.

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