Vamos. Pare este trem. Quero descer. Não aguento mais.
Haja fome, desgosto, des-sonho e enjôo.
Pare.
Mente descarrilhada, neurônios destrilhados, pensamentos abortivos...
Pare.
Aponte-me a saída, por favor. Não a urgência, mas a emergência que clama no meu suor, nas minhas lágrimas.
Esqueça.
Cansando estou a cada dia, a cada minuto. E esta tecnologia que insiste em tocar?
Pare.
Já faz tempo que estamos em linhas opostas. Nosso horizonte não é o mesmo. Depois daquele monte, mais outro, e mais outro, e mais outro...
Não dá mais pra esperar nem a próxima estação.
Pare, que eu vou descer. Vou andando.
Aguardar o próximo trem.
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