domingo, 23 de março de 2008

Um show para lembrar...

Mamãe perguntou: "E aí, foi bom?"

Fui ao show do Dead Fish no dia 22/03, no Armazém Uzina, Jaraguá (MCZ/AL).

É, foi. O pior é que o som é muito legal. Eu curto demais. Acho as letras bastante inteligentes. Tem aquela instiga que todo adolescente rebelde deveria escutar: o som da revolta com o imobilismo coletivo, a acidez irônica contra o sistema que nos é imposto, a vontade de lutar pela liberdade e pela mudança.

Pô, legal cara. Eu escuto, e recomendo.

Mas sei lá...

"Mas foi tudo ruim foi? Valeu a pena não?" Continuou a indagar...

Não... Primeiro: era uma turnê de uma dessas marcas de roupas de esquêite, então, antes da banda principal, o Déd (para os íntimos), tive de escutar CINCO ou SEIS bandas. Isso mesmo. Depois de um certo momento, eu perdi a conta. Nem me pergunte os nomes. Eu também me furtei a nem saber.

Tivemos bandinhas legais. As locais, destacou-se Atrito (acho que é esse o nome, senão eu corrijo depois), por exemplo, bem legal. som pesado, elétrico, legal. A roda foi interessante.

Das outras, Combustão, é claro, a melhor.

"E o resto, meu filho?"

Ah, mamãe, o resto foi o resto. Putz, fiquei cansadão de escutar emo. Aquelas musiquinhas toscas, com músicos toscos, tocando aqueles riffs toscos, todos parentes do NX Zero ou do Fresno. Pô, tinha um vocalista lá que se parecia com o Felipe Dylon!! Impressionante!! Só faltava dizer "E aí, Fauxtão!?"

Ah, mãe... Quando você vê um show de rock, em quê você pensa? Óbvio: jovens de preto, com camisas de banda, maquiagens escuras, botas, fumaça no ar, som alto e estridente, acessórios pontiagudos... Mas tinha de tudo: Camisas do Black Sabbath (a minha!) e do Bad Religion, camisas amarelas brilhosas (como a da Binha), vestidos tipo "sacolão-do-bompreço", franjas de todos os estilos e jeitos, bonés estadunidenses para trás, até saltinhos branquinhos de 20cm "não-sei-o-quê" fazendo naquele espaço...

"nossa, meu filho, já falei pra você. Era melhor ficar em casa..."

Sei lá, mãe. Foi legal pela companhia da Binha e dos seus amigos. E dos maloqueiros que lá estavam. Ah, claro. O Dead Fish mata a pau, é óbvio. O Nô e o Rodrigo botam pilha. A roda foi legal. Perdi até o meu tênis (mas achei depois). Não foi um show como o do RDP, mas deu pra curtir. Vamos ver se o Mukeka, dia 12/04, será melhor (bom, se estiver em Sobral/CE, quem sabe alguém vai e me conta...).

Mas sinceramente, mamãe, não se fazem mais shows de rock como antigamente.

6 comentários:

André disse...

É, né?... Juro que não sei o que comentar de um comentário de um show de rock... :S

Jacqueline Freire disse...

Ixi, eu ia dizer o mesmo do comentário anterior... =)

Leleco disse...

vcs são é chatos.. desculpa, jaquie, vc não. o André, sim.

PS: o Negão (vulgo Lucas) está em Mcz. Vai rolar um futebolzinho pq nós, machos machistas brasileiros, adoramos correr atrás de outros machos apenas a fim de traçar a redonda, vulgo bola. Quem quiser, aparece lá no campinho atrás da Mangabeiras Veículos. Quem não quiser, marca nesse fds uma pizza pra nós relembrarmos os velhos tempos de crianças felizes no cêfétchi...

Rosamaria Lucena disse...

Pergunta que não quer calar, Leleco: como eram os show de rock antigamente? =D

Leleco disse...

assim alek, os shows de antigamente (nossa, como estou ficando velho...) eram massa: todos loucos de preto, acessórios pontiagudos, diversos moicanos e/ou despenteados, roupas largadonas, e claro, uma música ensurdecedora com ritmo de revolta, de aglutinação, de luta...(com o ouvido ficar zunindo durante uns 2 dias).

Hoje não. Hoje a galera vai como se estivesse indo ao shopping. Com salto alto e tudo. Ah, e a música, infelizmente, baixou não só o volume como o nível também. Só se fala da saudade da garotinha do colégio que deixou o vocalista babando de ciúmes.. ou então, da mamãe que não deixa sair com a turma.

Fazer o quê; já dizia Thayde e Dj Hum: "Que tempo bom, que não volta nunca maaaaiiss..."

Jacqueline Freire disse...

e não volta mesmo.. n só n se faz música como antes, como n se faz livros, arte, festas e blá, blá, blá...